Da dupla cinema + pipoca com certeza você já ouviu falar bastante e pode até ser fã de carteirinha, mas o que vem fazendo sucesso no desenvolvimento profissional e pessoal é o livro “Coaching com Cinema e Pipoca 2”, da Editora Espaço Acadêmico.
O blog da B4Tcomm aproveitou a semana mais famosa do cinema mundial e convidou uma das co-autoras do livro, Paula Bueno*, para responder 4 perguntas sobre como podemos aprender com o mundo do cinema e, principalmente, aplicar no mundo da assessoria de imprensa:
Paula Bueno: Depende muito. Penso que tem que se tomar muito cuidado nessa decisão. Particularmente não sou a favor de nenhuma campanha que possa segregar seu público. Na minha opinião, cabe aos profissionais de mkt & comunicação, acima de tudo, definir e identificar quem é seu público-alvo e traçar as ações necessárias para se comunicar com ele. Evitando ações e campanhas que possam segregar ou polemizar esse público, gerando dúvidas no consumo ou na continuação do consumo dos produtos dessa marca. A Dove por exemplo, criou no passado a campanha da real beleza, mostrando que a mulher é bela em sua essência, independente do corpo mais gordinho ou mais magrinho, da cor dos cabelos e de “possíveis” imperfeições. Na minha opinião, uma campanha belíssima, que conseguiu com sutileza e bom gosto falar sobre a importância da diversidade, a beleza em sermos diferentes. Por outro lado, recentemente a Renner lançou uma campanha que mostrava os rapazes usando roupas de meninas, sapatos de salto e vice-versa e a campanha não pegou muito bem, gerou polêmica e muitos não entenderam a mensagem. Outro exemplo muito feliz é o bebê Johnson de 2017 com síndrome de down, campanha lançada apenas nas mídias sociais, abordando um assunto delicado com cuidado e de forma muito tocante.
Paula Bueno: As primeiras perguntas que sempre faço nas empresas que presto consultoria são: você sabe quem é seu público? Para quem você quer vender? Para mim, a resposta para essas perguntas define todas as estratégias restantes, como por exemplo: lay out, linguagem, canais. Ou seja, para você entregar a mensagem perfeita, você precisa definir com quem você quer falar e o que você quer comunicar, ai sim é possível definir se a comunicação pode ser mais ou menos informal, se deve ser através do marketing tradicional ou do digital e por ai vai. Voltando ao exemplo da Renner na resposta anterior, a mensagem não foi clara. A marca atende um range de público amplo, do infantil ao adulto, sem restrições de idade, e com essa proposta de trocar as roupas entre os gêneros, não conseguiu passar uma mensagem clara do que estava propondo, ou seja, nem todo mundo entendeu.
Paula: Quando entrei no projeto do livro Coaching com Cinema e Pipoca 2 eu optei por fugir dos filmes que por definição, são dedicados a reflexões, sejam elas, políticas, sociais, filosóficas, ou o que quer que seja. Optei por um filme de puro entretenimento, familiar, dedicado a muita diversão. E foi uma grande descoberta fazer esse exercício de “mudar o olhar” (como eu costumo chamar) e prestar atenção aos detalhes, tirando ensinamentos de um filme que parecia simples e frugal. Sem dúvida, penso que essa mudança de “olhar” é um hábito que deve ser adquirido. Quando estamos dispostos a analisar as coisas com mais profundidade podemos tirar lições e exemplos incríveis, e talvez o cinema, seja um dos convites mais deliciosos para se fazer isso.
Paula: Não sou a favor dos discursos ativistas na área de marketing, justamente pelo que comentei anteriormente, pois pode provocar a segregação do seu público-alvo. Penso que existem pessoas e áreas que podem e dever fazer isso bem melhor e de forma bem mais pertinente que não o marketing das empresas. A assessoria de imprensa pode e deve estar alinhada com essa definição do público-alvo e saber o que significa os “novos tempos” do ponto de vista de comunicação para esse público. Facebook, se seu público for 55+ , poderá não ser tão efetivo. Saiba com quem você quer falar, alinhe essa informação com seus parceiros (incluindo assessoria de imprensa) e então você terá ferramentas para definir a mensagem-chave.
O Príncipe Albert da Inglaterra deve ascender ao trono como Rei George VI, mas ele tem um problema de fala. Sabendo que o país precisa que seu marido seja capaz de se comunicar perfeitamente, Elizabeth contrata Lionel Logue, um ator australiano e fonoaudiólogo, para ajudar o Príncipe a superar a gagueira. Uma extraordinária amizade desenvolve-se entre os dois homens, e Logue usa meios não convencionais para ensinar o monarca a falar com segurança.
Durante a reeleição, uma jornalista suspeita que George W. Bush mentiu sobre sua participação na Guerra do Vietnã. A denúncia, que vai ao ar pela TV CBS, desencadeia um jogo de intrigas e pressões políticas que abala a credibilidade da emissora e pode mudar a carreira dos envolvidos para sempre.
Tony Stark é um industrial bilionário e inventor brilhante que realiza testes bélicos no exterior, mas é sequestrado por terroristas que o forçam a construir uma arma devastadora. Em vez disso, ele constrói uma armadura blindada e enfrenta seus sequestradores. Ao voltar para os EUA, Stark aprimora a armadura e a utiliza para combater o crime.
*Paula Bueno é administradora de empresas com larga experiência nas áreas de marketing e vendas e especialista em relacionamento com o cliente e comportamento do consumidor. Bacharel em Administração de Empresas com Pós Graduação em Gestão do Cliente, MBA em Marketing pela Fundação Getúlio Vargas e Mestrado em Administração de Empresas pela FMU, atuou nos últimos 28 anos para grandes empresas nacionais e multinacionais.
Contato da autora: buenopl@terra.com.br