Comportamento das gerações enquanto viajantes é apresentado no Travel & Lifestyle Summit por Carolina Haro, sócia-fundadora da Mapie

30-12-2019

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A palestra de encerramento do Travel & Lifestyle Summit, realizada no dia 3 de dezembro, na Fecomércio, em São Paulo, trouxe a sócia-fundadora da Mapie Carolina Haro para falar do comportamento das gerações enquanto viajantes. Com uma retrospectiva começando pela década de 20 e chegando aos dias atuais, ela mostrou como o pensamento e o modo de viver das pessoas foram mudando ao longo dos anos, e como esse fato foi e continua sendo importante para ajudar a entender o desenvolvimento da sociedade.

A Geração Silenciosa, de 1925 a 1945, composta de pessoas que não tinham poder de fala e sem autonomia abriu a linha do tempo. “Foi a época da Crise de 29, do Estado Novo, da recessão econômica. Foi um período difícil da história, não se tinha voz, portanto, não havia desejos e vontades”, enfatizou Carolina.

Travel & Lifestyle Summit 2019
Depois vieram os Baby Boomers, nascidos de 1945 a 1965, que já encontraram um mundo melhor, que viram seus pais sobreviverem ao período de recessão e que criaram o movimento de paz e amor. Como explicou a sócia-diretora da Mapie, as prioridades dessa geração eram a família e a estabilidade na carreira profissional.

Nascida de 1965 a 1985, a Geração X criou o termo workaholic, porém, usufruindo do sucesso no trabalho no mesmo instante que o conquistava. Segundo Haro, foi uma geração consumista, que não hesitava em gastar com viagens e carros, por exemplo.

Já os Millennials, que são os nascidos de 1985 a 2000, têm a felicidade como um propósito de vida. Eles viveram a época das Diretas Já, da queda do Muro de Berlim, da internet. E por viverem em uma época sem guerras, essa geração deixou uma forte contribuição, que foi o alerta para a necessidade de um mundo sustentável, mais coletivo e de valores melhores.

A geração atual – os Centennials, a Geração Z ou Geração Gol, como são chamados – jovens nascidos de 2001 a 2010, é quem está ditando as tendências. “Devemos olhar para os jovens de 18 a 24 anos. Eles é que sabem para onde o mundo está indo. Se não olhar, adeus cliente”, alerta. Tanta importância se deve ao fato dessa ser a primeira geração nativa digital, que representa 35% da população mundial e 32% da população brasileira. Turismo online ou offline não existe para eles. Essa é uma geração que rompeu com paradigmas e está imersa em tecnologia. Outro ponto que Carolina frisou, é que os Centennials preferem compartilhar do que comprar, e que a grande maioria viaja de duas a três vezes por ano principalmente para praia e centros urbanos. Apesar de ser viajante habitual, essa geração ainda pesquisa muito a respeito de preço e busca referências de pessoas, além de estar acostumada com facilidades tecnológicas nos serviços tanto aéreos quanto de hotelaria.

“A tecnologia que precisamos para melhorar a viagem já existe, mas ela ainda não melhorou a jornada do viajante, que enfrenta uma série de percalços e burocracias. Nós já conquistamos a tecnologia, agora temos que aprender a usá-la para conquistar o cliente”, finalizou.